sexta-feira, 26 de abril de 2024

AUTORES INTERNACIONAIS | MIROSLAV VOLF, MATTHEW CROASMUN, RYAN MCANNALLY-LINZ

Miroslav Volf, Matthew Croasmun e Ryan McAnnally-Linz leccionam o curso mais procurado do Programa de Humanidades da Universidade de Yale: Life Worth Living. Os alunos descrevem o curso como «transformador» e as análises preliminares de um investigador externo mostram efeitos significativos do curso no sentido de sentido da vida dos alunos.

Volf é o Professor de Teologia Henry B. Wright na Yale Divinity School e diretor do Yale Center for Faith & Culture, e foi galardoado com o Prémio Grawemeyer em Religião, de 2002,

com o livro Exclusion and Embrace, considerado um dos cem livros religiosos mais influentes do século XX.

Croasmun é diretor do programa Life Worth Living no Yale Center for Faith & Culture, professor de humanidades na Universidade de Yale e diretor da iniciativa de fé na Grace Farms Foundation. É autor de The Emergence of Sin e Let Me Ask You a Question, bem como coautor com Volf de For the Life of the World: Theology That Makes a Difference.

McAnnally-Linz é o diretor associado do Yale Center for Faith & Culture. É coautor com Volf de The Home of God e Public Faith in Action, um dos melhores livros de religião de 2016 da Publishers Weekly, e escreveu para o blogue do The Washington Post: Acts of Faith, Sojourners e The Christian Century.


DIVULGAÇÃO | A FILHA ÚNICA, de GUADALUPE NETTEL | DOM QUIXOTE

Pouco depois de atingir os oito meses de gravidez, anunciam a Alina que a sua filha não irá sobreviver ao parto. Ela e o companheiro embarcam então num processo doloroso, e ao mesmo tempo surpreendente, de aceitação e luto.
Esse último mês de gestação transforma-se para eles numa estranha oportunidade de conhecer aquela filha a quem tanto lhes custa renunciar.
Laura, a grande amiga de Alina, fala-nos do conflito deste casal enquanto reflete sobre o amor e a sua lógica por vezes incompreensível, mas também sobre as estratégias que os seres humanos inventam para superar a frustração. Simultaneamente, Laura vai-nos contando a história da sua vizinha Doris, mãe solteira de um menino encantador com problemas de comportamento.
Escrito com uma simplicidade apenas aparente, A Filha Única é um romance profundo e cheio de sabedoria que nos fala de maternidade, da sua negação ou aceitação, das dúvidas, incertezas e até dos sentimentos de culpa que a rodeiam, das alegrias e angústias que a acompanham. É também um romance sobre três mulheres – Laura, Alina, Doris – e os laços – de amizade e amor – que estabelecem entre elas.
 

quinta-feira, 25 de abril de 2024

DIVULGAÇÃO | AS MULHERES, de KRISTIN HANNAH | BERTRAND EDITORA

Um retrato íntimo de uma mulher num jogo de perigos e, ao mesmo tempo, o épico de uma nação dividida pela guerra e fraturada pela política ¿ uma geração que se fez do sonho de um mundo melhor e que se perdeu no campo de batalha. As mulheres também podem ser heroínas. Quando a estudante de Enfermagem de vinte anos Frances «Frankie» McGrath ouve estas inesperadas palavras, tudo muda.

Criada num cenário idílico da costa da Califórnia e protegida pelos pais conservadores, sempre se orgulhou de fazer as escolhas certas, ser uma boa rapariga. Mas em 1965 o mundo está a mudar, e também ela imagina escolhas diferentes para si. Quando o seu irmão é destacado para a Guerra do Vietname, Frankie alista-se também no Corpo de Enfermagem do Exército norte-americano. Tão inexperiente como os homens enviados para combate do outro lado do mundo, Frankie sente-se esmagada pelo caos, pelo sofrimento e pela destruição provocados pela guerra, e pelos sentimentos inesperados que a invadem no regresso a uma América diferente e dividida.

As Mulheres conta a história de uma mulher que viu a guerra, mas desvenda igualmente a história de todas as mulheres que enfrentam o perigo para ajudar os outros. Mulheres cujo sacrifício e compromisso é, muitas vezes, esquecido. Este é um romance fulgurante e belíssimo, uma narrativa profundamente emotiva com uma heroína memorável, cujo idealismo e coragem extraordinários definiram uma geração.
 

DIVULGAÇÃO | UMA VIDA COM SENTIDO, de MIROSLAV VOLF, MATTHEW CROASMUN e RYAN MCANNALLY-LINZ | PLANETA

O que considera ser uma vida com sentido?

A questão é inerente à condição humana, colocada por pessoas de todas as gerações, profissões e classes sociais, e abordada por todas as escolas de filosofia e religiões. Esta procura de significado, como argumentam os professores de Yale, Miroslav Volf, Matthew Croasmun e Ryan McAnnally-Linz, está no cerne da crise de significado que estamos a viver. Uma crise que, segundo eles, pode ser melhorada se procurarmos, na nossa própria vida, a verdade subjacente.

Neste livro, baseado no prestigiado curso da Universidade de Yale, os autores fornecem aos leitores pontos de partida, roteiros e hábitos de reflexão para descobrirem o significado das suas vidas e o que precisam de mudar.

Com base nas principais tradições religiosas e filosóficas do mundo e em figuras seculares, verdadeiras e corajosas, Uma Vida com Sentido mudará a sua perspetiva de vida; irá guiá-lo até à questão mais premente, aquela que se coloca a todos nós: como devemos viver. E vai ajudá-lo a viver uma vida mais próspera.

 

quarta-feira, 24 de abril de 2024

AUTORES NACIONAIS | FÁTIMA LOPES


É uma mulher real, com desafios semelhantes aos das outras mulheres. Pro­fissionalmente, define-se como comunicadora. Apresenta programas de televisão há quase 30 anos. É autora de onze livros e oradora nas áreas da comunicação, motivação, desenvolvimento pessoal, saúde e bem-estar. Em 2016, criou a plataforma Simply Flow, na qual mais de 150 especialistas levam ao público informação cuidada e acessível sobre saúde e bem-estar das pessoas e do planeta. Em 2023, estreou o Podcast Simply Flow em parceria com a Rádio Renascença. Em 2021, foi convidada para ser embaixadora da Brands Community e apresentadora da série Mudar para Melhor, do canal YouTube Brands Channel, que, posteriormente, estreou no canal SIC Mulher. É uma eterna sonhadora, sempre pronta para abraçar os projetos em que acredita ser feliz.

DIVULGAÇÃO | MEMÓRIAS MINHAS, de MANUEL ALEGRE | DOM QUIXOTE

 

«Memórias Minhas é um deslumbrante caminhar por dias e lugares que se cruzam com tempos únicos da nossa história contemporânea. Uma vida – uma geração – a rebeldia, a resistência, a guerra, a cadeia, o exílio, a Voz da Liberdade, a festa dos verdes anos, amores e desamores. E ainda, desde o luminoso 25 de Abril que mudou o destino, os combates longos, duros, conflituantes, que esculpiram a identidade da democracia constitucional. E o depois, nas curvas e contracurvas da mudança, do parlamento, da candidatura presidencial.»

Alberto Martins


As memórias de Manuel Alegre não são exclusivamente suas, são também as memórias de várias gerações de portugueses, memórias de um certo Portugal, que vão desde o tempo do Portugal triste e cinzento dos anos 50, tão bem reescrito em muita da sua poesia, até ao Portugal radiante e luminoso, o do 25 de Abril e o da liberdade.

Memórias Minhas reúne um vasto conjunto de pequenas histórias, nem sempre cronologicamente arrumadas, que proporcionam ao leitor uma dupla viagem: pela vida de Manuel Alegre e ao mesmo tempo pela História recente de Portugal.
O tio-trisavô decapitado na sequência das lutas entre liberais e miguelistas, a infância em Águeda e o assobio com que comunicava com o melhor amigo, os colegas que iam descalços para escola, a tia que se referia ao sobrinho como “o nosso poeta” sem ele ter escrito ainda qualquer verso, a eterna e dedicada protecção da avó, o estudante de Coimbra, e os discursos na Associação Académica, que mais não foram do que a sua primeira intervenção cívica.
A relação próxima e cúmplice com os amigos escritores, mas também com Adriano Correia de Oliveira e António Portugal naquela noite em que nasceu Trova do Vento que Passa, que a partir de então passou a ser um hino para todos aqueles que se opunham à ditadura de Salazar.

Há demasiadas vidas na vida de Manuel Alegre. Biografia a mais, talvez, para uma só vida. Sempre vivida de forma tensa e intensa. Que se intensificou ainda mais quando passou a sentir a PIDE sistematicamente por perto ou quando foi mobilizado para os Açores, onde conheceu Melo Antunes, com quem viria a congeminar um plano de revolta militar.
Já era então membro do PCP, partido a que aderiu, em 1958, de forma pouco ortodoxa, do qual virá mais tarde a desligar-se, após a invasão da Checoslováquia pelas tropas soviéticas. Para trás no tempo tinham ficado os passeios pelas ruas de Paris e as longas conversas com Álvaro Cunhal, histórias partilhadas neste livro, a prisão em Angola, onde tal como nos Açores, tudo fez para provocar uma acção militar contra o regime, a fuga a salto pela fronteira quando não era mais possível escapar à polícia política.

Para Manuel Alegre a luta pela liberdade e pela democracia também era feita com poesia. O poeta está longe mas, à distância, consegue a extraordinária proeza de fazer estremecer o país quando publica Praça da Canção (1965) e O Canto e as Armas (1967), livros que falam de Abril muito antes do 25 de Abril.
O tão desejado regresso a Portugal, já em liberdade, a visão de um certo Verão Quente, o 25 de Novembro, as razões da entrada para o PS depois de ter jurado a si mesmo que nunca mais faria parte de nenhum partido, a ligação afectiva aos velhos membros do Partido Socialista, a desilusão que foi ter sido por duas vezes membro de um governo, as desavenças com Mário Soares, António Guterres e José Sócrates e com todos aqueles que pretenderam descaracterizar a essência do partido, os bastidores da sua corrida à liderança do PS e, por fim, as circunstâncias que o levaram, por duas vezes, a candidatar-se à Presidência da República.

São estes alguns dos muitos episódios narrados na primeira pessoa por alguém que esteve presente nos acontecimentos mais relevantes da nossa História recente. E que fazem de Memórias Minhas um dos livros mais aguardados dos últimos tempos.



«Não anotei essa conversa nem outras. Lembro alguns encontros, sempre clandestinos, com Álvaro Cunhal.
Uma vez acendi um cigarro com o seu isqueiro e, num gesto mecânico, meti-o ao bolso. Então ele disse-me:
– Esse não, foi o último presente do meu pai.
E tinha lágrimas nos olhos, nunca mais esqueci, porque me parecia impossível que aquele homem pudesse chorar. Acho que compreendi até que ponto tinha disciplinado a sua própria alma. Por ser o secretário-geral do PCP ele passou à clandestinidade o artista que tinha dentro de si.»

«(…) Melo Antunes, Marcel de Almeida e eu formámos a equipa encarregada de fazer a distribuição pelo interior da Ilha. Melo Antunes apareceu com uma camisola preta e a cara enfarruscada. Sentou-se ao volante, com a pistola, tapada, no banco ao lado, e mandou-nos para trás. Entrávamos nas povoações em ponto morto, nós saíamos, um para a esquerda, outro para a direita, enfiando os papéis por debaixo das portas ou nas caixas do correio. Não se via ninguém. Mas tínhamos a sensação de que mil olhos nos espreitavam.
Regressámos de madrugada. Soubemos que todas as brigadas tinham feito o seu trabalho sem complicações.
– Não foi com armas, foi com papéis – dizíamos a rir de alívio e satisfação.
O escândalo foi grande em São Miguel. O tenente-coronel Alvarenga considerou que Melo Antunes devia ter-se preservado.
– Um general não anda a fazer de soldado.
Eu achava que, nessa noite, assim vestido de preto, ao volante do seu carro, Melo Antunes tinha sido um verdadeiro general, ainda que só capitão.
– Todos fomos capitães – dizia ele, sem se aperceber do sentido premonitório daquela frase.»

«Estava longe de imaginar que no dia 8 de Junho, no fim da tarde, receberia um telefonema do Brasil. Alguém, suponho que o Conselheiro Cultural, porque não percebi bem, comunicou-me:
– Os meus parabéns, o senhor acaba de ganhar o Prémio Camões. Vou passar-lhe a presidente do júri, Professora Doutora Paula Morão.
– O Prémio Camões é seu – disse ela. E havia alegria na sua voz.
Eu não estava à espera, não sabia sequer quem era o júri nem quando iria reunir e fiquei meio aturdido. Dei uma resposta tonta, que será para sempre o meu remorso:
– Está para cair um santo do altar.
Pouco depois caí em mim, fiz uma nova ligação e pedi desculpa.
– Estou muito contente, sinto-me muito honrado.»

terça-feira, 23 de abril de 2024

AUTORES NACIONAIS | ISABEL LINDIM

Isabel Lindim nasceu em 1972, em pleno auge das ações das Brigadas Revolucionárias (BR), e as suas origens fundem-se com os acontecimentos da época imediatamente anterior e posterior ao 25 de Abril.
Jornalista, colaborou em publicações como Grande ReportagemVisãoLecoolSetenta e Quatro e Green eFact, além dos programas de televisão Pop Up (RTP) e À Descoberta Com... (SIC).
É autora dos livros Mulheres de Armas, sobre as ativistas das BR (Objetiva, 2012) e Portugal, 2071: o impacto das alterações climáticas no país que os nossos filhos vão herdar (Oficina do Livro, 2021).
Nos últimos anos, tem‑se dedicado à investigação e à escrita sobre temas relacionados com o ambiente e a memória.
Em 2007, iniciou um trabalho de recolha e organização de documentos das BR e do Partido Revolucionário do Proletariado (PRP), tendo daí nascido o presente livro.